sábado, 29 de novembro de 2008

Meditação


Perdoar?!!
Como posso perdoar, se sonho ser o teu pecado.
Perdoar-te por querer dormir nos lençóis das tuas palavras?
Por desejar, tapar-me com teu corpo?
Perdoar o quê... não existe pecado no amor.
Abraço-te em poemas,
beijo os teus lábios em palavras silenciosas.
Digo-te em toda a verdade, se é pecado amar-te,
assumo-me o maior dos pecadores.
Adormeço na esperança do teu querer,
de me embalar no lado de dentro dos teus braços
como me embalam as ondas, desse teu mar que eu amo.
Gosto deste azul no qual navego...será azul a cor do pecado?
Nas tuas águas mansas, mergulho...sabendo
que à partida me devolverás à terra.
Por enquanto, peco nos sussurros dos meus suspiros...
Respiro-te!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

The Love is Gone

Que triste foi para mim conhecer o amor
Que me deu felicidade mas também muita dor...
Quando tudo parecia estar bem, algo mudou!
O quê não sei, só sei que acabou!

Meu amor por ti é maior que o mundo
Por isso me sinto como num posso sem fundo
Nosso amor é tão lindo e ainda não findou
Mas por sermos diferentes a relação terminou

Não aguentava mais tanta pressão
Agora não suporto tamanha solidão
Ficámos amigos, mas não te quero ver
Pois o meu coração é frágil e estou a sofrer

Basta de sofrimento,basta de solidão!
Preciso voltar a viver...
Esquecer esta paixão



sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Trova do vento que passa



A beleza duma voz, combinada com a beleza duma música, combinadas com a beleza dum poema finalmente combinados num grito á LIBERDADE

Ver mais aqui.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Espero-te



Espero-te loucura!
Será que vens?
Ou serão as minhas esperanças, gotas perdidas no
orvalho dum desejo, que por mim não tens?

Oxalá que não!... caso contrário...
Morrerei aos braços deste poema que sonha com o
teu beijo... feito calvário!...

Não sei o que fazer, se me faltas!
Onde estás amor?

Oh!... que pergunta tão parva!... eu sei muito bem onde estás!

Estás na beleza duma flor!
Estás no meu coração!
No meu pensamento!
Nos meus sonhos!
No meu sol!
No meu luar!
No meu céu!
No meu mar!
No meu passado!
No meu presente!
Só não sei se estarás no meu futuro...
infelizmente!

Porém...
nesta hora por mim ansiada e por ti prometida
por favor, não faltes!...
porque se me faltas... falta-me a vida!

Se vieres...
farei deste momento contigo o tempo inteiro da
minha existência!
Se partires para sempre da minha vida
só e triste ficarei...
nada mais valerá a pena... e então... por ti...
MORREREI!

Mas amor... morrer???!!!
Jamais,
Só quero a tua alma...
nada mais!


segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Agora é para Sempre...


(Publicado como "Jornalismo" - Um Conto de Déia Tuam)

Depois de tantas doses de wishky ou wyhski ou Kasinski ou Blavatsky ou Leminski ou Bukowski ou wodka ou cerveja mesmo, ou pinga até...
Acho que finalmente estou bêbado.
E tantas coberturas de muros berlinescos e sujeitos gorbachevescos com manchas escorrendo pela testa, e charutos cubanos e debates cisjordanianos, e aquela cobertura de imprensa onuesca, tu foste? Não? Eu fui, eu achei que te encontraria lá, com o teu marido. Não? Ele não passeava contigo?...
...Tsc, tsc, pois eu te puxaria logo para um daqueles banheiros enormes dos prédios israelenses.
Muito trabalho? E tu ficavas sozinha em todas aquelas viagens?! Bah. Hunft, este índio velho aqui não te deixaria ir sozinha. Não mesmo, não com essas belas pernocas.
Nem vem, foste tu quem me puxaste o tapete, quem terminou tudo foi você.
Claro, aqui nesta cama tudo fica mais fácil, tu vais me dizer que éramos jovens demais, a mesma baboseira de sempre.
Mas hoje, depois de vinte e dois anos, desde aquele 17 de dezembro em que nos conhecemos, hoje eu tinha vindo aqui pra te pedir em casamento, minha guria. Agora que nos reencontramos nesta cama, eu nem sei em que posição eu peço a tua mão.
Tu te casaste, eu também, fugi pra outro país para livrar-me de ti, cobri negociações, abertura de postos de gasolina e inauguração de caixa d'água para livrar-me de ti. Mas entonces nos reencontramos. Como tu disseste que seria. Ahh, sim, lembro de tudo.
Quando eu te liguei e tu não podeste ir na minha colação de grau da faculdade.
Quando tu chegaste pela primeira vez em minha casa. Que lindo aquele teu vestido de chuva, guria. Que bom que naquela tarde choveu...
E quando tu disseste que iria me procurar, quando tivesse "pronta". Só não te mandei "ir à merda" porque sou sujeitinho cristão. Mas tu me falavas cada coisa naquela época. Mas senti falta quando eu tive que tomar uma decisão na minha vida e não ouvi mais tu falares. Senti falta, tu sabes disso.
Agora nesta cama não te nego mesmo nada, nunca neguei.

Está vendo esta aliança aqui?
Eu fico feliz pela tua correria em me ver, mas por que a pressa, por que a pressa. Entonces tu te levantas daí logo, com esta mesma pressa, te levantas desta cama, pra eu te jogar logo em outra, porque eu não posso te ver assim. Não posso. Eu ainda estou ouvindo esta tua voz gostosa no meu ouvido, e esta aliança aqui, levanta logo para eu te levar para igreja, tu vais odiar, eu já tenho tudo planejado, vou fechar o pacote completo, igreja, bufê, coxinha, tudo o que tu adoras. Levanta daí e me chinga logo. Diz que "igreja, não".
Quando eu vi o teu carro todo destruído, achei que tu merecia coxinha bem engordurada no nosso casamento pelo susto que me fizeste passar...
... Estou bêbado, sim. Mas nada me anestesia agora, guria. Nada.
Tu não vais me deixar aqui! Neste mundo vazio, desmesurado, onde eu tanto te busquei. Tu me disseste um dia "eu teria ficado louca se tivesse nascido tarde demais pra te encontrar".
Eu lembro daquele olhar gorbachevesco que tanto abriu os olhos de uma política para o resto do planeta ao seu redor e eu vi aquele mesmo olhar andando cabisbaixo na tarde da derrota nas eleições. Eu estou com esse olhar agora, guria, tanta pressa em me ver e tu quis beijar uma porra de um poste?!
Cumpre tua palavra, anda. Levanta.
Tu disseste que iria me encontrar quando estivesse pronta.
Não vai embora de novo.

Esta aliança é tua, minha guria.
Para sempre, sem delírios ou inseguranças agora.
Agora é para sempre.
Levanta daí.

sábado, 8 de novembro de 2008

Não ser luz e brilhar



Não ser luz e brilhar,
perder os olhos na sombra!
Abandonar a alma
e suspirar,
delirar de gozo e de paixão!
Estar bem perto
e não tocar,
sentir e não doer
esta ilusão!
O sonho
que não te adormece,
o sabor
que a boca não incendeia!
O corpo
que desenhas de memória
e te foge das mãos,
com a leveza da areia
escapando nas madrugadas!
(Ai que fome... das tuas confidências!)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Assim... sem você



Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu, assim, sem você

Futebol sem bola
Piu-piu sem Frajola
Sou eu, assim, sem você...

Porque é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim

Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim...

Amor sem beijinho
Buchecha sem Claudinho
Sou eu, assim, sem você

Circo sem palhaço
Namoro sem amasso
Sou eu, assim, sem você...

Tô louca pra te ver chegar
Tô louca pra te ter nas mãos

Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração...

Eu não existo longe de você
E a solidão, é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo...

Por quê? Por quê?

Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu, assim, sem você

Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu, assim, sem você...

Porque é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim

Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
Vão poder falar por mim...

Eu não existo longe de você
E a solidão, é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo...

(Adriana Calcanhotto)


Amor de outono

Amor


O amor só é verdadeiro,
quando vivido por inteiro,
quando existe a entrega total,
quando é sincero e real...

O amor é sinonimo de doação.
Doação de sentimentos,
doação de almas,
doação de corpos...

Não deve haver cobranças,
nem tão pouco ciúme...
Se o amor existe, e é recíproco,
deve ser vivido com intensidade
... e honestidade!

Por ti





Eu sinto no ar o teu perfume
Pequenos sonhos viviam comigo
Agora eu sei, não quero perder-te
Essa doçura quase sem idade 
A tua beleza não tem rivais 
O meu coração só te quer a ti

Por ti, Por ti, viverei 
O amor vencerá 
Contigo, contigo terei 
Mil dias de felicidade 
Mil noites de serenidade 
Farei o que me pedires 
Andarei sempre por onde andares
Darei todo o amor que tenho por ti

Diz-me que tu já sabes o futuro 
Diz-me que isto nunca acabará 
Sem ti não quero existir 

Por ti, Por ti, viverei 
O amor vencerá 
Contigo, contigo terei 
Mil dias de felicidade 
Mil noites de serenidade 
Farei o que me pedires 
Andarei sempre por onde andares
Darei todo o amor que tenho por ti

Não devo dizer-to pois já o sabes
que morrerei, sem ti 

Por ti, Por ti, viverei 
O amor vencerá 
Contigo, contigo, farei 
Tudo o que me pedires
Andarei sempre por onde andares 
Darei todo o amor que tenho POR TI



Te foste


Tu te foste meu amor
numa noite cinzenta de outono,
vai... descansa em paz
das vicissitudes que a vida nos trás!

Foi linda a chama ardente
que desapareceu numa noite de névoa,
Ohh... como tanta nostalgia ficou
desse amor com vida efémera!

Repousa minha guerreira
das agruras do sentimento,
mas toma muita atenção
que esta vida é... o momento!

E esta mesma mente e coração
Que escreveram de amor
agora... simplesmente choram
Preces de lamento e dor!


Tu és... tu



Era uma vez…

Era uma vez um grão de areia, companheiro infinitésimo de outros tantos na agrura inóspita de um imenso deserto.

Certo dia, porém, animando-lhe uma força a alma, sentenciou aos seus pares:

- Eu hei-de sair deste deserto!

- Tu, um nada?!... Tu és um mero grão de areia e a tua vida é neste deserto. Nunca sairás daqui!
retorquiram com escárnio os outros grãos.

Mas nada o esmorecia:

- Falai o que quiserdes! Eu digo-vos, é minha fé, que hei-de sair daqui!...

Os outros riram-se às gargalhadas, zombaram dias a fio, reduziram-no à quase inexistência. A alma, porém, crescia-lhe em coragem e determinação:

- Um dia… um dia será…

… E, um dia, uma feroz tempestade abateu-se sobre o deserto. Aterrados, todos os grãos de areia deram as mãos entre si, agarrando-se com toda a força para não serem levados pelo vento. Todos o fizeram… menos um.

Com a confiança firme que o animava, o grão-nada soltou-se dos outros e deixou-se levar pelo duro vento durante muito e muito tempo. Dias volvidos, a tempestade cedeu lugar à bonança.

Suspenso, até aí, numa nuvem sobre o oceano, o grão viajante mergulhou nas águas profundas, anichou-se numa ostra e transformou-se numa pérola.

Ausência


Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

(Carlos Drummond de Andrade)

Faz da tua ausência o bastante para que alguém sinta a tua falta,
mas não a prolongues demais para que esse alguém não aprenda a viver sem ti.

Coração


Ontem te amei,
Hoje te amo.
Amanhã não sei,

Ontem sonhei
Hoje sofro
Amanhã que serei?

Ontem emoção,
Hoje razão,
Amanhã solidão?

Trazes a luz


Trazes a luz no corpo...
Luz na alma, luz nas mãos...
Com tuas mãos roubas as sombras da luz.
Gestos de dedos, que tu não poupas,
neste brilho amado e que te seduz.


Tua luz é clara, pura e brilhante.
Tem a beleza de pedra rara,
que perdura mais que um mero instante.
É a luz que agarras e que libertas,
porque a luz não tem amarras...
E é desta forma que tu te contentas.


Trazes a luz no corpo...
Agora a luz vai dormir...

Se um dia te fores

Se um dia te fores
quero que saibas que descobri
um coração que bateu mais forte
todas as vezes que pensou em tí

levarás contigo os meus olhos
que te observaram com fascínio
e que mesmo fechados te viam...
sendo esse o seu desígnio

mãos que pensavam o teu corpo
cada traço do teu rosto... nua
que sentiram para sempre
o calor da pele tua

Se um dia te fores
ficarei para sempre atingido
caminharei um futuro sem rumo
estarei mais perdido!

E esta mesma mente e coração
Que escrevem de amor
certamente rogarão
Preces de lamento e dor!


Penso em ti


Penso em ti
Sinto a forte presença,
... da tua ausência,
minha voz se cala
meu corpo estremece
meu coração bate desesperadamente
a emoção me percorre
e meus olhos se perdem no infinito,

... tão distante
e ainda assim tão perto!
... tenho sede de ti!
 

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